Dilma dá 'bilhete azul' a Graça Foster
Em reunião ontem no Planalto, Dilma avisou que vai afastar presidente e toda a diretoria da Petrobras
A saída de Graça Foster é questão de dias e está atrelada apenas à aprovação do balanço do terceiro trimestre de 2014 da estatal
Na lista dos cotados para substituir Graça no comando da Petrobras está o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles
Brasília - A presidente Dilma Rousseff vai mudar toda a diretoria da Petrobras. A saída da presidente da companhia, Graça Foster, é questão de dias e está atrelada apenas à aprovação do balanço do terceiro trimestre de 2014 da estatal. Dilma conversou ontem com Graça, durante três horas, no Palácio do Planalto, e comunicou a decisão. O governo procura agora um nome do mercado para substituir a executiva.
Dilma quer repetir a solução "a la Levy", uma alusão ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que era diretor do Bradesco e foi chamado para o governo com a missão de resolver os problemas na economia e acalmar o mercado. Na avaliação da presidente, depois da Operação Lava Jato, que escancarou um esquema de corrupção na Petrobras, a companhia precisa de um nome de peso para limpar sua imagem.
Na lista dos cotados para substituir Graça estão o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles e o ex-presidente da BR Distribuidora Rodolfo Landim, que trabalhou com Eike Batista na OGX. O problema é que o governo está enfrentando dificuldades para encontrar quem queira ocupar a presidência de uma empresa em crise, alvejada por denúncias de corrupção.
Graça chegou ao Planalto por volta das 15h. Ela foi chamada a Brasília por Dilma para uma conversa sobre a situação da empresa. Ela sofreu forte desgaste político ao divulgar que os ativos da empresa foram inflados em R$ 88,6 bilhões. E sua imagem piorou ainda mais com declarações de que a exploração de petróleo cairá "ao mínimo necessário" e de que haverá corte de investimentos e desaceleração de projetos.
Enquanto ela e Dilma conversavam, a agência de classificação de risco Fitch divulgou o rebaixamento dos ratings de probabilidade de inadimplência do emissor (IDR, na sigla em inglês) de longo prazo em moedas estrangeira e local da Petrobras de BBB para BBB-. A agência ainda colocou todos os ratings em escala nacional e internacional em observação para possível rebaixamento.
Ontem, a agência de classificação de risco Moody’s afirmou que o rating da Petrobras pode ser novamente rebaixado se a relação dívida líquida/Ebitda da companhia ficar acima de 5 vezes por um período prolongado.
A afirmação consta de relatório que visa responder perguntas frequentes dos investidores sobre a companhia. Apesar do anúncio, as ações da estatal disparam 15% na Bovespa, na esteira dos rumores, agora confirmados, sobre a troca da presidência da companhia, e da diretoria.
Inicialmente, a ideia era manter Graça no cargo para que continuasse a funcionar como um "colchão", uma barreira para evitar que crise da empresa atingisse o Planalto e diretamente a própria presidente Dilma Rousseff.
Dilma quer repetir a solução "a la Levy", uma alusão ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que era diretor do Bradesco e foi chamado para o governo com a missão de resolver os problemas na economia e acalmar o mercado. Na avaliação da presidente, depois da Operação Lava Jato, que escancarou um esquema de corrupção na Petrobras, a companhia precisa de um nome de peso para limpar sua imagem.
Na lista dos cotados para substituir Graça estão o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles e o ex-presidente da BR Distribuidora Rodolfo Landim, que trabalhou com Eike Batista na OGX. O problema é que o governo está enfrentando dificuldades para encontrar quem queira ocupar a presidência de uma empresa em crise, alvejada por denúncias de corrupção.
Graça chegou ao Planalto por volta das 15h. Ela foi chamada a Brasília por Dilma para uma conversa sobre a situação da empresa. Ela sofreu forte desgaste político ao divulgar que os ativos da empresa foram inflados em R$ 88,6 bilhões. E sua imagem piorou ainda mais com declarações de que a exploração de petróleo cairá "ao mínimo necessário" e de que haverá corte de investimentos e desaceleração de projetos.
Enquanto ela e Dilma conversavam, a agência de classificação de risco Fitch divulgou o rebaixamento dos ratings de probabilidade de inadimplência do emissor (IDR, na sigla em inglês) de longo prazo em moedas estrangeira e local da Petrobras de BBB para BBB-. A agência ainda colocou todos os ratings em escala nacional e internacional em observação para possível rebaixamento.
Ontem, a agência de classificação de risco Moody’s afirmou que o rating da Petrobras pode ser novamente rebaixado se a relação dívida líquida/Ebitda da companhia ficar acima de 5 vezes por um período prolongado.
A afirmação consta de relatório que visa responder perguntas frequentes dos investidores sobre a companhia. Apesar do anúncio, as ações da estatal disparam 15% na Bovespa, na esteira dos rumores, agora confirmados, sobre a troca da presidência da companhia, e da diretoria.
Inicialmente, a ideia era manter Graça no cargo para que continuasse a funcionar como um "colchão", uma barreira para evitar que crise da empresa atingisse o Planalto e diretamente a própria presidente Dilma Rousseff.
fonte:folhaweb.com.br/
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